SINOPSE
O
autor deste livro realizou, a meu ver, uma curiosa e estranha síntese da
inteligência e do obscurantismo. Foi a impressão que me ficou e veio de chofre.
Admirei a inteligência e, ao mesmo tempo, o obscurantismo na elaboração do tema
que às vezes resvala para o pitoresco, o macabro e as significações ocultas. É
um assunto interessante, sem dúvida, mas cheio de dificuldades e armadilhas
para o pesquisador mais afoito. No entanto, o autor – não sendo um professor,
teórico ou acadêmico – consegue a proeza de contornar os obstáculos com a
maestria de um poeta.
Por
que escrever sobre a morte, os cemitérios e as suas paisagens desoladas de
cruzes e sepulturas? Simplesmente porque alguém tem que fazê-lo. E há,
naturalmente, toda a magia e um grande mistério envolvendo o assunto. Não dá
mesmo para fugir dele, contornar, fingir que não existe. Acontece todos os dias
e com todas as pessoas: a realidade e a presença da morte estão sempre aí,
desafiando os nossos medos e a nossa compreensão da vida.
E
há também a arte tumular, secular maneira de prestar homenagem aos entes
queridos que se foram. De onde vem isso? O livro tenta responder a questão e,
para tanto, procura diversas abordagens possíveis num elenco de inesgotáveis
possibilidades: cultural, artística, histórica, psicológica, sociológica,
antropológica, religiosa, filosófica e existencial. Há de tudo aqui, numa
mistura multidisciplinar de permanente diálogo entre as vertentes do
pensamento.
Por
Ferreira Jr.
Ahh como eu amei esse livro <3
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