NO PRELO O MEU DÉCIMO SEGUNDO LIVRO:
s o b r a s e m p r o s a
EDITORA PENALUX
domingo, 11 de novembro de 2018
quinta-feira, 26 de julho de 2018
quarta-feira, 13 de junho de 2018
segunda-feira, 11 de junho de 2018
quinta-feira, 3 de maio de 2018
REZENDE. Milton Carlos. O ACASO DAS MANHÃS. São Paulo:
Edicon, 1º Ed, 1986.
Após nos fascinar com sua escrita em “Mais uma xícara de café” (Ed.
PENALUX, 2018), Milton Rezende retorna ao nosso blog com mais uma de suas obras
emblemáticas e encantadoras, desta vez o livro é “o acaso das manhãs”,
publicado em 1986 pela Edicon. Em uma narrativa linear – como um conto que
segue uma ordem cronológica – Milton nos convida à conhecer o mundo sensível
dos sentidos aflorados de nosso cotidiano. Em 77 páginas, o autor tece uma
narrativa instigante acerca dos sentimentos humanos, das fraquezas, ilusões, e
sobretudo, da sensibilidade que envolve o existir.
O poema de abertura desta obra foi intitulado de “Noturno”, onde o autor
mostra-nos a fragilidade dos sentimentos que envolvem a existência do homem,
uma vez que, nossos passos são como a vida – ela passa – e inevitavelmente
outros passos cobrirão os nossos e virão sucessivamente, até que se cumpra um
ciclo de caminhadas para rumo algum.
Se Delimitarmos este pequeno espaço
Onde está agora o número 38 de meus pés
É certo não haver convergência de um todo
Pois sou muitos na unidade do nada
E caminhamos divorciados no tempo.
(NOTURNO, p. 09)
Mas é claro que ao abordar a vida de forma tão singela – e sensível – o
autor trabalhou também as questões que envolvem todos os momentos do homem com
relação a sua busca por saciedade:
Um momento cristalizou
Todos os outros momentos
Um momento trouxe à tona
Todos os outros momentos
De uma sublimação dissimulada.
Um momento estabeleceu o paradoxo
Entre o que se quer concretamente
E o que se assume perante a consciência
Para fugir do inevitável.
(UM MOMENTO...TODOS OS MOMENTOS, p. 25)
E por fim, em um dos poemas presentes na página número 46, o autor após
desenhar o perfil do humano como sendo sensível em demasia, decide esclarecer
toda esta complexidade por trás dos sentimentos e arrependimentos que
carregamos, tudo isso em considerações a respeito do homem.
O homens
Não sabem que são homens
Se soubessem, rejeitariam o nome.
(p.46)
É claro e certo que todos nós encontramos uma nova fraqueza e um novo
motivo para desistir a cada amanhecer. E é exatamente sobre isto que esta obra
retrata: Sentimentos que se perdem e pessoas que não se definem como sendo quem
são, afinal, seus sentimentos e sua existência são demasiadamente sensíveis
demais para lhe permitir sentir.
A obra é tão intensa quanto a escrita mais recente do autor na obra
citada no início desta resenha. Um bom poema mantém em si a essência de uma boa
escrita e de um misto de sentimentos. E isto, Rezende nos promove com
eficiência.
FONTE:
https://www.proximoparagrafo.com.br/2018/05/resenha-236-o-acaso-das-manhas-de.html
sexta-feira, 30 de março de 2018
LITERATURA
BREVIÁRIO DE AFETOS
Conhecido como poeta e crítico literário, Ivo Barroso é essencialmente tradutor. Sua tradução da Poesia completa e da Prosa poética de Rimbaud está, sem favor algum, entre as realizações mais perfeitas de um autor francês para o português, e contam com a vantagem – que para outros seria descrédito – de figurarem numa edição bilíngue, extremamente vantajosa para o leitor comum. Não há dúvida que esse trabalho de tradutor teve diversos desdobramentos, a tal ponto que seu nome, além dos prêmios recebidos, é geralmente apreciado pelos teóricos da tradução, como Paulo Rónai. Aqui, porém, cuidaremos de outra faceta de Ivo Barroso. Breviário de afetos (São Paulo: SESI-SP editora 2107) compreende crônicas, entrevistas e postagens escritas com simplicidade e que, em alguns casos, surpreendem pelas “revelações” que contêm. O livro fala dos conhecimentos do autor, sobretudo os escritores brasileiros mais ilustres ou destacados, como Alceu Amoroso Lima, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Guimarães Rosa, Ferreira Gullar, etc., mas também do tradutor francês Didier Lamaison (que publicou, em dois volumes, traduções de poemas de Drummond) e se refere a outros tradutores, como o alemão Curt Meyer-Clason, e os brasileiros, Onestaldo de Pennafort e Milton Amado, que traduziu “ O corvo” de Edgar Poe.
Todos os textos de Ivo Barroso são redigidos sem a preocupação de exibir conhecimentos, o que aumenta o interesse que despertam. Seja nas recordações sobre escritores já falecidos, como Antônio Houaiss, Otto Maria Charpeaux, João Cabral de Melo Neto, (uma entrevista), Paulo Rónai, Melo Nóbrega, Antônio Carlos Villaça, Mário Faustino, Anísio Teixeira, seja quando aborda amigos e parentes fora da literatura, Ivo Barroso alcança um nível de empatia extraordinário, quase como se o leitor estivesse sentindo, ou até “vendo” a figura retratada. Em todos os tipos desenhados e/ou revividos, distinguem-se o perfil de Edgard de Vasconcellos Barros, incentivador do adolescente Ivo e o de seu tio Pedro, outro que também incentivava o jovem Ivo. E, acima de tudo, o belo texto sobre a namorada – e depois esposa – Sílvia, verdadeiro exemplo de prosa poética, no qual comemora o fato de já estarem casados há 60 anos! Ademais, convém igualmente referir os textos sobre Karlos Rischbieter, cuja devoção ao poeta Rilke o levou a traduzi-lo. A propósito, notem-se reproduções de textos seus ou alheios, sejam traduções de poesia, seja o prefácio redigido para um livro de Gullar. De todo modo, um volume de leitura imprescindível.
FERNANDO PY (Tribuna de Petrópolis, 19.01.2018)
quinta-feira, 22 de março de 2018
RETORNO
finalmente consigo acessar meu blog www.estantededopoeta.com.br
foi um grande hiato temporal: estive hospitalizado, perdi a senha e nada dava certo.
mas encontrei pessoas dispostas a reativar e depois de muitas idas e vindas ele ressurgiu.
prometo de agora em diante postar textos e poemas, fotos, música, enfim, o que me der na telha.
espero conseguir alguns abnegados seguidores e igualmente conseguir alguns feedback que antes nunca houve.
vamos então começar meus amigos.
Milton Rezende
foi um grande hiato temporal: estive hospitalizado, perdi a senha e nada dava certo.
mas encontrei pessoas dispostas a reativar e depois de muitas idas e vindas ele ressurgiu.
prometo de agora em diante postar textos e poemas, fotos, música, enfim, o que me der na telha.
espero conseguir alguns abnegados seguidores e igualmente conseguir alguns feedback que antes nunca houve.
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