quinta-feira, 24 de abril de 2014


“Em Areia (À Fragmentação da Pedra), o poeta Milton Carlos Rezende prossegue em seu estilo de uma forma contundente e reflexiva. São poemas que buscam resgatar, ao menos em parte, os estilhaços do ser e re/compor a unidade (aparente) da pedra. Mas o poeta sabe que a perfeita junção dos elementos nunca será possível, e apenas tenta torná-la plausível em meio ao seu deserto de areia”.

Atômico

Nossos filhos nascem cegos
pela poeira do nosso tempo.
Nós ainda enxergamos
porque já entendemos o mundo
a partir da poeira que há nele,
e que não nos incomoda muito.

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