quarta-feira, 23 de abril de 2014
“Milton Carlos Rezende estreia de forma brilhante com O Acaso das Manhãs. São poemas reflexivos de alto nível, nos quais o poeta investiga (com ironia) o cotidiano e os problemas do homem. Nessas reflexões (em que se incluem os poemas sobre o poema), o poeta jamais perde a consciência da precariedade da existência humana”.
A visita
De súbito a chuva cessou.
Ponho-me a escrever sobre ti,
criatura sem carne
que me visita.
Não sei de onde vens,
mas sempre chegas
nas horas mais extenuantes
de minha fuga.
Fecho portas e janelas
para não te permitir
livre acesso sobre mim,
que de cansado me basto.
Mas tu me vens sem ser chamada
e mesmo sem chegar em forma clara,
sei que és minha consciência,
e te incorporo.
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Excelente poema. O livro deve ser ainda melhor, pela totalidade do trabalho. Recebi, hoje, pelo correio, remetido pelo Milton, um exemplar de "Areia (à fragmentação da pedra)". Alguém teria o email dele? O meu: pedro_dubois@terra.com.br
ResponderExcluirDesde já, agradeço.
Excelente poema. O livro deve ser ainda melhor, pela totalidade do trabalho. Recebi, hoje, pelo correio, remetido pelo Milton, um exemplar de "Areia (à fragmentação da pedra)". Alguém teria o email dele? O meu: pedro_dubois@terra.com.br
ResponderExcluirDesde já, agradeço.